Feijoada
A verdadeira história por detrás da origem da feijoada tem várias nuances. Segundo Carlos Alberto Dória, sociólogo brasileiro, a origem da feijoada estaria efetivamente no “feijão gordo”, que seria um ensopado acrescido de toucinho e carne seca; e que, na verdade, a feijoada seria uma releitura, com mais acréscimos em cima desse “feijão gordo”. Isso porque segundo ele, a maioria dos escravos trazidos par cá seguiam o Islamismo, religião que proíbe o consumo de carne de porco, curioso né?!
Ainda segundo o sociólogo Dória, por volta do século XIX que a feijoada foi difundida no Brasil, em restaurantes, hotéis e pensões. Diferente do defendido por alguns, eles eram frequentados e a feijoada consumida, por elitistas escravocratas no Rio de Janeiro.
O prato em outros países
A Feijoada é um prato antigo, e apesar de algumas especulações de sua origem e consumo iniciais, é um prato muito consumido em países como Portugal, Angola, Macau, Timor-Leste e Moçambique. Além do prato de carne, muito apreciado, e quase sempre servido acompanhado de arroz, em muitos lugares, principalmente aqui no Brasil, é servido também com couve e laranja!tempore.
Feijoada: Parte da culinária nacional
E o fator que realmente quis estabelecer a feijoada como parte da nossa culinária nacional, ocorreu por parte de ações dos movimentos modernistas (da década de 20 a década de 40), no intuito de construir essa identidade nacional. A feijoada seria um dos signos da brasilidade, muito caracterizada pela discussão da antropofagia e pela movimentação cultural que formou parte da nação brasileira.
Inclusive, em seu livro Macunaíma, Mário de Andrade também abordou a mesma perspectiva, pois o enredo por detrás de um festim na casa do fazendeiro Venceslau Pietro Pietra, seria, na verdade, uma alegoria da culinária do nosso país, que foi envolvida por diversas culturas de outros países.Bem, como vimos, várias referências gastronômicas e históricas existem para a origem da feijoada. Esse prato, que independente de sua verdadeira origem, marca o paladar dos brasileiros com muito sabor e cultura.
Fonte: https://blog.duogourmet.com.br/voce-sabe-a-origem-da-feijoada/
Acarajé
A técnica de preparo desse prato, usada como forma de sustento de muitas mulheres chefes de família após a abolição, foi transmitida de mãe para filha através dos séculos e demonstra a importância da oralidade e da ancestralidade para a formação de saberes culturais.
O acarajé é uma especialidade gastronômica das culinárias africana e afro-brasileira. Trata-se de um bolinho feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite de dendê. No continente africano é conhecido como akara, e especificamente no norte da Nigéria é também chamado de kosai. No Gana, por sua vez, a iguaria é mais conhecida como koose. Na África Ocidental, onde constitui uma comida de rua muito comum, é servido com pimenta em pó ou molho de tomate picante. Já no Brasil, especialmente da Bahia, é servido com pimenta, camarão seco, caruru e vatapá (também uma iguaria africana), sendo relativamente comum a adição de vinagrete.
Mugunzá
Mugunzá é uma receita típica, encontrada em quase todas as regiões brasileiras, sendo muito apreciada no inverno e nas festas juninas, que arrastam multidões.
A versatilidade da receita do mugunzá consiste na mistura de culturas do povo brasileiro, que teve influência de vários povos, principalmente portugueses, africanos e italianos.Origem do nome A palavra mungunzá é de origem africana, mais especificamente do quimbundo mu’kunza, que significa milho cozido. A canjica possui outra raiz etimológica, que é originada da palavra kandjica, também da língua quimbundo.
A receita típica é nominada de variadas formas, pois no nordeste é mungunzá. Em São Paulo, canjica. Em Minas Gerais pode ser chamada de piruruca ou ainda canjica grossa. No Rio de Janeiro é conhecida como canjiquinha. Na região centro-oeste pode ser encontrada como chá-de-burro.
Fonte: https://www.coisasdaroca.com/comida-tipica/mugunza.html
Vatapá
Conheça a origem do Vatapá e sua mistura de saboresO vatapá é uma receita de origem africana, que chegou ao Brasil em meados do século XVI; e seu nome se origina do termo iorubá vata’pa; além de conhecido também pelo nome de ehba-tápa.
Há quem acredite que sua origem é nigeriana, pois a versão africana ainda é a mais aceitável, entre chefs e historiadores, que reforçam que a iguaria é uma influência dos africanos, trazida pelos escravos, que vinham amontoados, em navios negreiros.
No Brasil, houve o acréscimo de ingredientes encontrados na nova terra; além da necessidade de suplementar sua dieta alimentar, por isso desenvolveram outros pratos, que passaram a ser típicos da culinária brasileira.
Atualmente, a receita é típica da cozinha nordestina, além de muito divulgada pelos baianos; tendo seu preparo com o acréscimo do azeite de dendê; o qual acrescentou originalidade ao preparo da iguaria.
O alimento é muito popularizado ainda nas cozinhas do Amazonas, Amapá e Pará, nas quais a receita sofre variações, como a ausência de amendoim e de outros ingredientes comuns na versão tradicional.
Ingredientes para o preparo do vatapá
A base da receita da iguaria é a espessa papa de arroz ou de farinha de mandioca, camarões e peixes, que são acrescentados ao preparo.
O preparo da comida típica pode incluir pão molhado ou farinha de rosca, gengibre, amendoim, castanha de caju, cebola, alho, tomate; além de leite de coco e pimenta malagueta.
A iguaria pode ser preparada ainda com camarões frescos inteiros, secos e moídos; peixe ou bacalhau; com acompanhamento de arroz; ou seja, cada região adapta o preparo, de acordo com os ingredientes mais comuns aos cozinheiros.
Com a riqueza da alimentação brasileira e a criatividade dos grandes chefs, a iguaria ganhará inúmeras formas de preparo e mistura de sabores, que farão o alimento ser conhecido mundialmente.
Fonte: https://www.coisasdaroca.com/comida-tipica/vatapa.html